O que é a doença?
As leucemias são formas de câncer que podem ocorrer em qualquer fase da vida, podendo ter manifestações agudas ou crônicas. De acordo com o Inca, em comum, elas têm como característica afetar a medula óssea, comprometendo sua função, e tendo como repercussões o prejuízo ao sistema imunológico, o que leva à ocorrência de infecções potencialmente severas, além de anemia e risco de sangramentos espontâneos, por comprometer a produção dos glóbulos vermelhos e das plaquetas, respectivamente.
Segundo o chefe do serviço de Hematologia do instituto, o médico Ricardo Bigni, 6.738 pessoas morreram em virtude da doença em 2020, porém, parte dos óbitos poderia ser evitada.
– Existem leucemias mais agressivas, que demandam tratamento intensivo e rápido, mas também existem os quadros que são curáveis e, quando não é possível, temos muitos casos de pacientes que, com o tratamento, conseguem manter o câncer sob controle – comenta.
Ao contrário de outros tipos específicos de câncer, em que determinado fator mostra relação direta com o desenvolvimento da doença, Bigni explica que, na maioria das vezes, não é possível estabelecer essa relação nas leucemias:
– Todos estamos em risco de desenvolver alguma doença em um dado momento da vida.
Evolução e tratamento
Em crianças e adultos jovens, normalmente a condição aguda é mais frequente, ou seja, com evolução mais rápida da doença. Por outro lado, em pacientes acima dos 50 anos predominam as leucemias crônicas. As manifestações clínicas mais comuns são:
Aumento de volume de linfonodos, popularmente chamados de ínguas;
Cansaço e astenia decorrentes de anemia;
Manifestações hemorrágicas, como sangramento de mucosas (como gengiva) ou manchas roxas na pele, devido à queda acentuada de contagem de plaquetas no sangue.
Essas alterações devem ser observadas e motivar investigações mais profundas.
Para os diagnósticos de leucemia, o tratamento é baseado no emprego de quimioterapia e imunoterapia, com abordagem que varia em função do tipo específico de leucemia.
Doadores de sangue e medula óssea são importantes neste processo
Considerando o tratamento, Bigni reforça a importância das pessoas a se disponibilizarem como doadores de sangue ou medula óssea:
– É esperado que os pacientes também necessitem de transfusões de sangue como suporte à terapia, o que faz com que a conscientização da população quanto à importância da doação de sangue seja fundamental. Também deve ser lembrado que, para algumas formas de leucemia, pode ser necessário o emprego do transplante de medula óssea para obtenção da cura, quando o tratamento quimioterápico não consegue proporcionar este resultado.
*com informações do Ministério da Saúde
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